Salva-vidas voltam a tratar piscinas

Após algumas reuniões e aparados por orientações jurídicas, os salva-vidas dos centros esportivos de Mogi Guaçu voltaram a realizar o trabalho de limpeza das piscinas. Mas apenas este trabalho foi retomado. A operação da casa de máquinas e o serviço de portaria, muitas vezes realizado pelos profissionais, não serão mais atendidos por eles.
O grupo de salva-vidas, que recebeu o anúncio que terão o adicional de 40% retirado do holerite, decidiu tomar medidas judiciais para retomar o benefício adquirido em 2007.
A decisão de não retomar as operações na casa de máquinas das piscinas é direcionado ao alto risco de morte, uma vez que a maioria dos locais apresenta más condições elétricas e hidráulicas.
No último final de semana, segundo integrantes do grupo de salva-vidas, várias piscinas dos centros esportivos de Mogi Guaçu não foram abertas ao público por não ter profissionais adequados para operacionalizar o atendimento à população.
“Continuaremos sem realizar a operação da casa de máquinas dos centros esportivos. Eletricidade e água são parceiros próximos e perigosos. Essa combinação traz risco alto de morte para os salva-vidas. A portaria também não é função prevista dos profissionais. Infelizmente, os maiores prejudicados serão os usuários dos locais”, comentou um salva-vidas.
O CASO
Na semana passada, após serem informados pela Prefeitura da extinção do benefício do adicional de 40% nos salários, os salva-vidas decidiram interromper a execução dos serviços de limpeza das piscinas públicas dos centros esportivos de Mogi Guaçu, de operar a casa de máquinas e não mais atender a portaria dos locais.
O benefício do adicional de 40% no salário foi assegurado em 2007 na Justiça. Mas, o Poder Público, através de estudos e laudos, suspendeu o benefício aos profissionais a partir deste mês de janeiro.
A decisão gerou revolta da equipe de salva-vidas, uma vez que, segundo eles, a abertura e manutenção das piscinas dos centros esportivos de Mogi Guaçu dependem quase que exclusivamente da mão de obra dos profissionais.
O trato diário com produtos químicos e a exposição ao sol por grande período no trabalho, também traz ambiente insalubre aos salva-vidas, mas não reconhecido pela Prefeitura.
Já a Prefeitura atesta que está alicerçada em laudos e estudos de empresas especializadas que determinam o não pagamento do adicional de 40% aos salva-vidas. A Administração Municipal contratou a empresa AVATZ para elaboração do LTCAT (Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho) não só em relação aos salva-vidas, mas para todos os setores e repartições.